Trechos - Anátema de Zos

Ouçam o que penso: quero ser um estranho para mim mesmo, o inimigo da verdade. Em que exatamente acreditamos, com nossos desejos incompletos?

Chacais viciados em vermes! Continuarão a lambiscar meus vômitos? Quem comigo ficar tornar-se-á seu próprio inimigo; pois minha exigência será sua ruína. Vão trabalhar! Preencham o desgosto de serem quem são, de encararem suas crenças, e talvez adquiram alguma virtude.

Em seu desejo de criar um mundo, façam aos outros como gostariam que fizessem a vocês – se tiverem coragem suficiente. Para dividir, não para salvar, eu vim. Inexoravelmente seguirei meu destino; esmagarei a lei, farei pilhéria com os charlatães, os místicos, os revolucionários e salvadores belicosos com seus empolados e fantasmagóricos palavrórios; desmascararei e despertarei todo e qualquer pavor que haja em seus naturais egos de rapina.

Vivendo a mais desprezível das vidas e gerando apenas bestialidade, são tão imbecis a ponto de esperar algo pior do que possam imaginar? A honestidade é muda! Aconselho que façam um holocausto com seus santos e suas desculpas: os flatulentos arrulhos da sua ignorância. Apenas então poderei assegurar seus lamentosos desejos – remissão para seus pecados retocados.

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